O PODER AEROESPACIAL, A AVIAÇÃO CIVIL, UM POUCO DE HISTÓRIA

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Adenir Siqueira Viana

Resumo

Como já abordado, tudo que pudesse compor o Poder Aéreo em 1941, foi colocado sob a gestão de uma única estrutura administrativa do Estado Brasileiro, o Ministério da Aeronáutica, atual Comando da Aeronáutica. Isto possibilitou o compartilhamento de Bases Aéreas, do Sistema de Controle do Espaço Aéreo, da formação de pilotos, de gestores da Aviação Civil, militares na sua maioria, e de um fator estratégico vital para a consolidação do Poder Aeroespacial no Brasil.


Oportunizou-se avanços na Ciência e Tecnologia, fato que possibilitou a criação da EMBRAER, terceira maior fabricante de aviões do mundo e de um cluster de empresas ao redor do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), atual DCTA, este grande desenvolvedor e disseminador de novas tecnologias, além da formação dos engenheiros pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica - ITA. Esta é a estratégia mais longeva e bem-sucedida do País.


Seu início data de 1945, com a criação do ITA. Sem ter como empregar os engenheiros formados pelo Instituto, foi criado o CTA e seus Institutos – Instituto de Aeronáutica e Espaço, Instituto de Estudos Avançados e Instituto de Fomento Industrial. Foi desenvolvido o túnel de vento, divisão de motores, materiais, certificação, formação de pilotos e engenheiros de ensaio em voo, entre muitas áreas necessárias para se ter uma indústria aeronáutica sustentável.


O Departamento de Aviação Civil investiu desde os primórdios na formação de pilotos civis por intermédios de Aeroclubes, apoiados e financiados pela Aeronáutica. Foram construídas pistas de pouso pelo interior do país para defesa dos interesses nacionais, formou-se representação nos fóruns e Instituições como a  Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) ou ICAO  na sigla em Inglês, na regulação dos meios de transporte aéreo e na prevenção e investigação de acidentes aeronáuticos. Estas ações foram fundamentais não só para a segurança da Aviação Civil como para prover dados que são incorporados aos requisitos de certificação de novas aeronaves.

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Como Citar
Viana, A. S. . (2022). O PODER AEROESPACIAL, A AVIAÇÃO CIVIL, UM POUCO DE HISTÓRIA. Revista Brasileira De Aviação Civil &Amp; Ciências Aeronáuticas, 2(3), 1–7. Recuperado de https://rbaccia.emnuvens.com.br/revista/article/view/107
Seção
Editorial
Biografia do Autor

Adenir Siqueira Viana, UNISUL

Major Brigadeiro Reformado, formado na Escola de Aeronáutica em 1969. Foi Instrutor de T-37, T-23, piloto de transporte, de helicóptero, de operações aéreas especiais. Voou T-21, T-6, TC-45, SA-16, U-42, L42, U-7, C-45, C-95, VU-9, VU-35, H-13, SH-1D, H-1H, H-50, H-55. Serviu no CFPM, 2º/10 GAV, 6º ETA, comandou o 5º/8º GAV e a Base Aérea de Brasília (BABR), chefiou a Comissão Aeronáutica Brasileira em Washington, serviu no COMGAR, chefiou a Subsecretaria de Finanças da SEFA, as 3ª e 4ª Subchefias do EMAER, foi Chefe do Estado Maior do COMGEP, dirigiu o CTA, última função na FAB. É Assessor e Professor na Universidade do Sul de Santa Catarina, foi assessor da CELESC no P&D de SARP para inspeção de linhas de transmissão. Interesses empresariais em ensino adaptativo híbrido e em Educação a Distância.  E-mail: adenirviana@gmail.com