O IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DA NAVEGAÇÃO BASEADA EM PERFORMANCE PARA AS ROTAS MAIS VOADAS DO SUL DO BRASIL
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Resumo
Em outubro de 2017 ocorreu a reestruturação de todo o espaço aéreo controlado da região sul do Brasil, com a implementação do projeto do DECEA chamado PBN-SUL (navegação baseada em performance para a Região Sul do Brasil). Até este dia, a maior parte das rotas e procedimentos aplicados nesta Região eram convencionais, o que muitas vezes obrigava as aeronaves a tomarem caminhos menos diretos, pois devem manter as aerovias e essas não poderiam ficar distantes de seus balizadores. A circulação PBN trouxe diversos benefícios para a aviação, sendo um dos principais a economia de combustível através principalmente da redução nas distâncias voadas. Posto isso, este trabalho dedicou-se a buscar qual o impacto, em termos de distância voada, consumo de combustível e emissão de CO², de tais mudanças nas rotas mais voadas da Região Sul do Brasil. Para alcançar estas respostas foi realizada uma pesquisa básica, bibliográfica e documental, onde houve a análise dos documentos que tratam da implementação do PBN e o tratamento de arquivos utilizados no desenvolvimento do projeto PBN-SUL, já para a obtenção dos dados se utilizou de pesquisa quantitativa através da medição e comparação das distâncias previstas para as rotas antes e após a implementação do PBN. Após definir e analisar os principais fluxos de tráfego aéreo na Região Sul do Brasil, sendo esses as rotas de Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba indo e retornando de São Paulo, aeroportos de Guarulhos e Congonhas, e comparar as diferenças, em distâncias, geradas com a implementação do PBN‑SUL, notou-se reduções consideráveis, como na rota de SBSP para SBCT, onde houve a redução de 13Nm, o que gera ao longo de um ano o ganho de cerca de 84.785Nm, a economia de 1.027 toneladas de combustível e a redução de 3.126,8 toneladas de CO². Por outro lado, houve aumento na distância voada nas rotas de São Paulo para Florianópolis, o que apesar de ir contra um dos conceitos de rotas RNAV, pode ser explicado por questões de segurança, ainda assim este fluxo poderia ser reavaliado pelo DECEA devido ao grande impacto ocasionado.
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